É este nome que vai ficar na história do jornalismo mineiro e brasileiro. De um jornalista competente, audaz e muito inteligente. Este se chama Luiz Carlos Valadares, apenas Carlos Valadares em sua vitoriosa carreira como jornalista esportivo, narrador e reporter.
Desde seu início na Rádio Itatiaia, Carlos Valadares mostrava-se um jornalista completo e que rápidamente alçaria caminhos mais longos em sua carreira. Chegou a Rede Globo na segunda metade dos anos 70, onde foi narrador e reporter nacional, fazendo coberturas da Formula 1, sem que Galvão Bueno ainda estivesse presente no escrete global, Valadares ja era um nome conhecido do meio jornalistico nacional.
Logo após sua passagem pela Rede Globo, Carlos Valadares fez parte do famoso pool SBT/Record, que transmistiu a Copa do Mundo de 1986 pelas duas emissoras. Entre os nomes desta equipe, além de Valadares, tinham Jorge Kajuru, Silvio Luis, Osmar de Oliveira, Juca Kfouri, Eli Coimbra e outras feras do jornalismo esportivo nacional.
Valadares narrou a Copa do Mundo de 1986 com o mesmo brilhantismo ja conhecido e viu de perto Maradona erguer o bicampeonato mundial pela Argentina.
Em meados dos anos 90, Carlos Valadares juntou-se a Flávio Anselmo e iniciaram uma bela equipe de esportes na Rede Manchete e depois da Rede Record, que iniciara seus trabalhos em solo mineiro. Ainda sim, conseguiram diversos feitos históricos, como a transmissão exclusiva para Minas Gerais da final da primeira Copa Conmebol de 1992, vencida pelo Atlético Mineiro em pleno campo paraguaio do Olimpia.
Nos anos 1990, Carlos Valadares narrou com brilhantismo o MMA, sendo um dos pioneiros dentro do esporte hoje conhecido popularmente como UFC, no programa Campeões do Ringue, pela TV Manchete, juntamente com o comentarista Bob Léo.
As transmissões de MMA no Brasil fizeram sucesso e Valadares foi pioneiro na introdução deste esporte em solo brasileiro.
Nos ultimos anos, Carlos Valadares morava em Sete Lagoas, dedicou seu tempo e seu coração a esta bela cidade.
Infelizmente, Carlos Valadares nos deixa muito cedo, aos 65 anos, quem o conheceu de perto sabe que ele era de outro mundo, com um coração aberto, uma competencia e uma inteligência que fugiam totalmente do normal, mas só quem o conheceu, quem trabalhou com ele, sabe de seu talento que ficará para sempre no coração daqueles que o assistiram.
Vai com Deus, amigo Carlos Valadares!
Infelizmente não acompanhei as narrações de Carlos Valadares no futebol, nem de luta livre nos anos 1990 (nasci em abril de 1992). Mas tem alguns vídeos com as narrações dele no YouTube, a voz e o jeito de narrar eram bem engraçados: "Golão, golão, golão", "Balançando a roseira", "Sem coré coré". Que Deus o tenha em bom lugar fora da Terra.
ResponderExcluir