O período de Dimas Fonseca a frente do futebol celeste, teve fim na tarde de hoje, após coletiva de imprensa, pouco antes da partida contra o Tupi.
Segundo Dimas, o trabalho como diretor de futebol do Cruzeiro, estava o afastando de sua família e do trabalho e por pedidos de familiares, Dimas Fonseca deixa o cargo após um ano e oito meses.
A história de Dimas Fonseca começou em 2010, quando Eduardo Maluf saiu do clube celeste e pouco depois assinou contrato com o Atlético.
Poucos conheciam Dimas Fonseca, que até então trabalhava nas categorias de base do Cruzeiro, além de ser conselheiro nato do clube.
Zezé Perrella, então presidente do Cruzeiro, decidiu apostar em Dimas Fonseca, dando a ele um cargo para gerir o futebol profissional do clube, além, claro, da responsabilidade gigantesca de substituir Maluf, que ficou no time celeste por 10 anos.
Para muitos, foi uma grata surpresa. Os frutos do trabalho de Dimas foram colhidos em pouco tempo, com o vice campeonato brasileiro no mesmo ano, a passagem garantida para a quarta Libertadores seguida que o Cruzeiro iria disputar e a conquista do Campeonato Mineiro de 2011.
Mas, os períodos de vacas gordas só duraram até meados de 2011, mais precisamente, logo após a eliminação precoce do Cruzeiro da Libertadores diante do Once Caldas, da Colombia, em pleno estádio Arena do Jacaré.
No mesmo período, Itamar Franco, então senador da republica por Minas Gerais, faleceu e Perrella, que era primeiro suplente, assumiu o cargo e deixou o Cruzeiro sem comando.
Zezé Perrella, sem tempo hábil para comandar o Cruzeiro e o senado, entregou o time nas mãos dele e de Valdir Barbosa. Dois competentes diretores, mas sem experiência para gerenciar um clube do tamanho do Cruzeiro.
O barco celeste foi afundando, Dimas acumulava as duas funções, de diretor de futebol e presidente do clube, embora isto nunca fosse confirmado por ninguém, mas era visto que clube era comandado por outra pessoa, pois Perrella ja havia largado a agremiação.
Os frutos desta mudança, foi o quase rebaixamento do Cruzeiro para a segunda divisão, além do trabalho de Dimas ter sido colocado em cheque por muitos da imprensa e boa parte da torcida.
Ao final da era Perrella no Cruzeiro, o novo presidente, Gilvan de Pinho Tavares, disse que gostaria de contar com Dimas Fonseca em seu mandato, como o próprio Gilvan disse na coletiva de hoje, mas a decisão, segundo o próprio Dimas, foi tomado logo no inicio deste ano e era irrevogável.
Chega ao fim um período que dividiu opiniões, mas sejamos francos, Dimas Fonseca participou de um período negro no Cruzeiro, sem ter muito o que fazer, além de continuar exercendo sua função, mas trabalhando como presidente do Cruzeiro, função que não era a dele, em um momento que o time viveu uma escassez financeira que persiste até hoje, agravada pela ausencia de seu presidente e que foi refletido dentro de campo com seus jogadores.
Se Dimas Fonseca não tivesse carregado este pepino em 2011, tendo maior respaldo de uma presidencia atuante, o trabalho dele seria melhor. Mas, ele deixa o cargo a disposição e assim a diretoria celeste aceitou.
Sorte ao Dimas Fonseca em seu futuro e a pergunta que fica é, quem terá coragem e peito para assumir o Cruzeiro neste momento atual?
Vamos esperar pelos próximos capítulos.
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