domingo, 19 de setembro de 2010

O ATAQUE COMPARECE, MAS A DEFESA ENTREGA

Foi a tônica do jogo entre Atlético-MG x Vitória-BA. Mais uma vez, o torcedor compareceu em bom número, acreditando em um triunfo e arrancada do Galo, mas a defesa atleticana mostrou porque tomou tantos gols durante todo o campeonato.

Logo de cara, levou dois gols que mostrou o total desentrosamento do setor defensivo alvinegro, muito pela alternancia de jogadores que iniciam os jogos. Ou seja, a falta de identidade se reflete diretamente na equipe.

Não estou colocando em dúvida a capacidade de Cáceres e Jairo Campos, mas a falta de comunicação entre eles e todo o setor de defesa do Atlético, incluindo Diego Macedo e Leandro pelas laterais, foram um dos problemas capitais que levaram o Galo a mais uma derrota na competição.

Enquanto isso, no ataque, houve entrega, criação de jogadas e os gols apareceram, com Daniel Carvalho no primeiro tempo e Neto Berola na segunda etapa. O torcedor critica a equipe em um todo, mas o ataque atleticano compareceu, ao contrario da defesa.

Quando o Atlético mais pressionava e o gol parecia questão de tempo, a defesa falhou novamente e o Vitória anotou o gol da vitória através do bom atacante Henrique.

Muitos colocaram a culpa no Fábio Costa, mas é necessário ressaltar que ele é a ultima chance de defesa da equipe, ou seja, se o setor defensivo não ajudar, não ha goleiro que possa salvar o Atlético da derrota. O penalti foi imprudencia do goleiro, mas os gols seguintes foram falhas do setor defensivo que, como disse, entregou o jogo.

Mais uma derrota e o Atlético segue na penúria da zona de rebaixamento e se complicando cada vez mais.

E, no sábado, o Cruzeiro foi ao Rio de Janeiro encarar o Botafogo, em um jogo importantíssimo para ambas as equipes. Disseram até que aquele time que vencesse, o derrotado poderia desistir da briga pelo título, discordei de imediato, o Campeonato Brasileiro não vive somente de um jogo e ainda tem muita água para passar embaixo da ponte.

Mas, falando do jogo, uma partida ofensiva, de duas equipes que claramente buscaram a vitória e não se intimidaram e momento nenhum. O Botafogo saiu na frente e Fábio ainda evitou outros gols alvinegros no primeiro tempo.

No segundo tempo, o Cruzeiro reagiu com dois gols do ótimo Montillo, que encaixou como uma luva neste time. Mas, como nada na vida é barato, tudo sai caro, Heber Roberto Lopes marcou um penalti no mínimo duvidoso, para muitos, inexistente, e Loco Abreu marcou o gol de empate do Botafogo. Final, 2 x 2.

Inves de falar de arbitragem, vamos falar de coisa boa? O nome, Walter Montillo, argentino, jogador vindo Universidad do Chile.

Como joga bola este rapaz! Chegou ao Cruzeiro, pegou a camisa 10 e disse: É minha, deixe que a 10 é minha. E tomou conta do meio campo celeste, responsável por grandes jogadas e oportunidades de gol para o time celeste.

Fazendo a torcida esquecer aquele que foi o ultimo grande ídolo recente do Cruzeiro, Alex, tambem camisa 10 do clube, Montillo aos poucos vai se firmando como novo ídolo celeste e esperança de gols e títulos para a raposa.

Ontem foram dois gols, um de penalti e outro que mostrou a categoria do argentino, arracando do meio campo, driblando os marcadores e finalizando a gol com precisão, deixando o goleiro Jefferson estático e sem reação. Foram dois gols, de muitos outros que virão por ai.

Tenho muitas restrições com relação ao presidente do Cruzeiro, Zezé Perrela. Na minha opinião, não é o mais honesto dos cartolas brasileiros, até acho que ele tem muito a se explicar, mas que ele sabe contratar e entende de futebol, ele sabe e como poucos no futebol brasileiro.

Walter Montillo, novo ídolo celeste e que fique durante muito tempo em nosso futebol mineiro.

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