Eles não usam camisetas, shorts, meiões e caneleiras. Também não fazem uso das crimonosas chuteiras com trava de ferro. Não são zagueiros, laterais ou goleiros. Estes, Reinaldo passava como queria, da forma que quisesse e sempre com muita categoria, colocando bola dentro do gol e fazendo a alegria de muitos.
Não são os mesmos médicos que acabaram com os joelhos de Reinaldo logo quando garoto, que nem ele mesmo sonhava que seria "Rei".
Hoje, os marcadores são alguns jornalistas, que fazem mal uso de uma ferramenta tão maravilhosa, que é o jornalismo. Que deveria existir apenas para passar credibilidade, notícias com imparcialidade e seriedade, mas isto não acontece.
Não sou nenhum jornalista formado, mas tenho minhas opiniões e convícções e delas eu não fujo, sempre as coloco aqui neste blog com toda imparcialidade que tenho em mãos, admirando este recurso maravilhoso que tenho para me expressar.
Mas, o que venho lendo nos jornais de todo o Brasil, na internet e o que escuto da boca de muitos, é algo que me deixou totalmente estarrecido.
A forma como este assunto está sendo tratado é da maneira mais suja que se pode imaginar, e sujando a imagem de um homem público e conhecido por onde passa, trata-se de José Reinaldo de Lima.
Ex-jogador de futebol, maior jogador da história do Clube Atlético Mineiro entre os anos de 1973 e 1985 e parou prematuramente sua brilhante carreira, em 1987, aos 30 anos de idade.
Usando estes recursos, alguns jornalistas estão usando este mérito conseguido a duras penas e genialidade, para manchar uma história, em virtude de um fato que ainda exige investigação, mas que alguns se adiantam e colocam sob as costas de Reinaldo a culpa por todo o acontecido.
Um email que recebi do amigo e conceituadíssimo jornalista, advogado e escritor, Flávio Anselmo, me deixou ainda mais perplexo.
Republico na íntegra este email, autoria do publicitário Cacá Moreno, filho do ex-narrador da TV Itacolomi, Moreno Neto. Leia:
“Terça-feira, 15 de novembro, 4 da tarde.
Meu telefone toca e eu vejo no identificador de chamadas: “REINALDO LIMA”.
O Zé Reinaldo. O Zé. O REI. Meu amigo de adolescência desde o infanto-juvenil do Galo no time do saudoso GêGê.
O Rei, de cara limpa. De caráter. Que venceu tantas batalhas difíceis na vida.
Desde aquela cirurgia no joelho errado, lá no ambulatório do hospital Vera Cruz. Ele e seu pai, sozinhos e depois com a luta contra as drogas. E ele nunca contou nada pra ninguém. Nunca ninguém ficou sabendo que operaram o joelho "BOM" ao invés do Joelho doente. Sofreu a dor e as consequências de um erro médico, sozinho. Calado.
Calou as torcidas adversárias. Contou uma história genial com a sua arte. Nunca vi ninguém jogar daquele jeito. Joguei com ele. Vi a genialidade de perto. Uma rapidez absurda de raciocínio. Uma habilidade de joalheiro, de ourives. Um gênio.
Uma completa criança genial, um moleque inocente que não tinha a menor idéia de que Deus o tinha abençoado com o poder dos magos. O poder dos sábios. O poder dos mestres.
Pois foi esse Reinaldo que me ligou no sábado. Doído. Magoado. Um cara que eu acompanhei de perto a sua recuperação contra essa desgraça que corrói as pessoas e as deixa marcadas, injustamente, para sempre.
Me ligou para desabafar.
Ele mora no Miguelão e, no sábado, saiu de casa cedo. Mais tarde, voltou pra casa pra ver o jogo do Galo. Sem beber, de cara limpa, que ele conquistou a duras penas.
Sem saber de nada, esse gênio foi arrancado de casa por 3 trogloditas que começaram a espancá-lo sem explicar a razão. Bateram sua cabeça no chão diversas vezes. Chutaram, socaram, covardemente um homem inocente, desprevenido, como se tivessem o poder da lei.
Ele me contou que um tal Dr. Gustavo Tostes, seu vizinho, advogado, que presta serviços para a CEMIG, o humilhou não só no sábado mas no domingo e na segunda, ameaçando-o na frente da filha: “Vou bater no seu pai de novo”.
Agora o que mais me incomodou foi ver como a imprensa mineira tratou o fato :
“Reinaldo se mete em confusão de novo”.
Como é fácil e sacana acusar. Como é cruel não dar ouvidos ao ser humano.
Como é cruel pré-julgar. Como é triste tratarmos um dos maiores gênios do futebol com descrédito, desrespeito e silêncio.
Que ironia do destino, o cidadão, o advogado e seus comparsas que agrediram o Rei, estavam bêbados e o ZÉ, de cara limpa.
Como é impiedosa a covardia. Como é horrível ser tratado com crueldade pelo
próximo e com descrédito pela sociedade.
Precisamos fazer algo. Não sei o que mas precisamos fazer algo O Rei me contou que só depois de ter apanhado muito é que ficou sabendo que,
enquanto ele estava fora de casa, o cachorro dele teria avançado no filho do Advogado.
Na verdade, segundo ele, nem isso. O cachorro teria corrido atrás do menino.
Corrido ou não, mordido ou não, não podemos deixar de nos indignar com a violência. E mais ainda com a violência covarde.
Como um cidadão como esse pode ser um defensor da lei? Que lei ele respeita?
Como um advogado que não respeita a lei pode estar atuando em defesa do nosso patrimônio, representando uma empresa como a CEMIG, que é de todos nós mineiros?
Não podemos nos calar. Temos que exigir, investigação, apuração, punição se for o caso mas não podemos nos calar.
Espero que aqueles que respeitam a ordem, que acreditam na vida e que querem uma sociedade mais justa se manifestem. De qualquer maneira.
Divulguem essa história, conte para os seus amigos mas não apenas reenviando esse texto.
Faça o seu comentário, inclua a sua opinião, demonstre a sua indignação.
Se fazem isso com um REI o que não farão com os súditos.
Cacá Moreno."
Clamo por justiça de todos os lados, mas também por respeito ao genial José Reinaldo de Lima. Rei, Rei, Rei, Reinaldo é o nosso Rei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário