sábado, 26 de maio de 2012

NAUTICO E CRUZEIRO FICAM NO ZERO E SEM VENCER NO BRASILEIRÃO

Pelo Campeonato Brasileiro, Nautico e Cruzeiro se enfrentaram no estádio do Aflitos, em Recife, pela segunda rodada do nacional e ficaram no empate em 0 x 0 que não agradou a nenhuma das partes envolvidas. Ambos os times, continuam sem vencer na competição.

O Nautico apresentava força em seu elenco, casos do volante Derley, que completou 150 jogos pelo Timbu, Araujo, que fez fama no Goiás e recentemente não se houve bem no Fluminense e, para minha surpresa, boa, claro, Ramon, jovem promessa revelada pelo Atlético em 2005 e que está de volta aos gramados depois de renegar ao Flamengo e ao CSKA-RUS.

No Cruzeiro, a grande novidade ficou por conta da estréia de Tinga. Jogador que se apresentou na ultima quarta feira e ja fez sua estréia pelo time celeste. A tendencia é que ele continue como titular.

A partida teve muita correria e pouca criatividade. No primeiro tempo, o Nautico tentou agredir o Cruzeiro na base da correria, sem sucesso e o time cruzeirense, que poderia investir nos contra ataques, sofreu com a falta de criatividade e poucos jogadores na linha de frente do time.

A chance mais clara de gol foi aos 9 minutos, quando o goleiro Fábio, em um excesso de confiança, se enrrolou com a bola, perdeu para o atacante que fez o cruzamento e com o gol vazío ninguém do time alvirrubro apareceu para completar.

O jogo esquentou mesmo no segundo tempo, quando as duas equipes se abriram mais e, com isso, se colocaram expostas a investida do adversário. Oportunidades foram criadas, algumas até que não poderiam ser perdidas, principalmente pelo lado do Nautico.

Araujo teve duas reais chances, uma aos 11 minutos, quando completou mal a falta cobrada por Souza e aos 19 minutos, quando na rebatida na grande área, de frente para o goleiro cruzeirense, ele finalizou e Fábio operou mais um de seus milagres.

O Cruzeiro teve apenas uma chance com Wallyson aos 44 minutos, demonstrando a total falta de criatividade do time, que jogou com apenas um atacante e três volantes a maioria do tempo jogado.

O time celeste ainda estreou o volante William Magrão, recém contratado pelo clube e que, pouco a pouco, pode ir ganhando a condição de titular, pois a confiança de Celso Roth, ele ja tem.

Faltou foi bom futebol para quem viu a partida. Nautico e Cruzeiro continuam sem vencer no campeonato. O time celeste ainda marcou gols na competição.

Agora, o Brasileirão da uma parada nos próximos e só retorna dia 6 de junho.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

GUARANI E BOA ESPORTE FICAM NO EMPATE EM CAMPINAS

Pelo Campeonato Brasileiro, Guarani e Boa Esporte se enfrentaram no estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas e ficaram no empate sem gols na sequencia da segunda rodada da Serie B do Brasil.

Depois de um primeiro tempo morno, com as duas equipes sem criar grandes chances, os times sentiram falta de mais velocidade para a criação das jogadas.

O Guarani estava pressionado, pois parte da torcida bugrina, mesmo com o vice campeonato paulista, não admite o bugre na segunda divisão do Brasil e, de fato, o time alviverde de Campinas merecia estar na primeirona.

O Boa Esporte foi para jogar nos contra ataques, como bom visitante, até criou algumas oportunidades, mas não conseguiu fazer a bola entrar.

Veio o segundo tempo e o panorama da partida foi completamente mudado. As equipes atacavam mais e, com isso, cediam mais espaços para o adversário. Chances de gol foram criadas, faltou foi competencia para abrir o placar.

A melhor chance do Boa Esporte foi nos pés de Gabriel Davis, de frente para o gol, com chance real de marcar, ele tocou no canto e a bola foi na trave.

O Guarani também fez o goleiro Max sujar o uniforme, obrigando o arqueiro do Boa Esporte a fazer duas defesas importantíssimas que seguraram o zero no placar.

Nos ultimos minutos, o Bugre de Campinas adiantou bastante suas linhas, o que obrigavam o Boa a recuar para não permitir as investidas do Guarani. O time de Varginha ainda tentou explorar os contra ataques com velocidade, mas pecava no ultimo passe e na falta de criatividade.

O resultado de empate ficou de bom tamanho e justo, talvez até um empate com gols seria melhor. O que continua são os dois times que ainda não venceram nesta Serie B.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

REFORÇOS PODEM SOMAR A ATLÉTICO E CRUZEIRO

Nos ultimos dias, Atlético Mineiro e Cruzeiro trataram de reforçar seus elencos para o Campeonato Brasileiro, que começou no ultimo final de semana e a promessa de outros jogadores continuam.

No lado atleticano, dois jogadores vieram. O atacante Jô, revelado pelo Corinthians e com passagens pelo futebol europeu, vem para enriquecer o elenco atleticano que está carente de jogadores para a posição de centroavante.

Atualmente, no elenco do Galo, André é o unico atleta que atua como homem-gol e havia a necessidade no plantel do clube. O nome de Jô não era especulado, uma vez que as atenções estavam voltadas para uma possível vinda do uruguaio Diego Forlan.

O ultimo clube de Jô foi o Internacional e ele não foi bem sucedido. Sem repetir as atuações que o consagraram, o atacante amargou a reserva e, por consequeencia, cometeu atos indisciplinares que acarretaram em seu desligamento do clube.

A esperança que fica é que o atacante repita suas atuações bem sucedidas e que brigue por posições com o atacante titular, André, que pode ganhar um companheiro de ataque ou um oponente a posição de matador no time.

Outro reforço atleticano, anunciado no dia de hoje (23/05) é o lateral esquerdo Junior Cesar, que se consagrou no São Paulo e seu ultimo clube foi o Flamengo.

Junior não conseguiu atuar no rubro negro como no São Paulo e oscilou bastante junto com o time. Sem jogar a responsabilidade nas costas do lateral, ele vem para resolver o problema da ala esquerda do clube, que não encontra um bom jogador para a posição desde Paulo Roberto Prestes, que defendeu o clube de 1986 a 1996.

No Cruzeiro, dois volantes pedidos por Celso Roth foram prontamente atendidos. O primeiro foi Paulo Cesar Tinga, de 34 anos, com passagens por Grêmio, Internacional e futebol europeu, Tinga vem para fortalecer o elenco celeste na posição que anda muito carente.

Desde as saídas de Ramires, Marquinhos Paraná, Fabrício e Henrique, quatro jogadores que deram muito certo no clube, o Cruzeiro não tem encontrado a formação ideal para a posição, resultando em um setor defensivo totalmente desprotegido, resultando em gols sofridos pelo Cruzeiro.

Tinga, mesmo com a idade mais avançada, é um jogador que pode acrescentar muito ao time cruzeirense, uma vez que é necessário uma defesa consistente e nesse ponto, Celso Roth conhece como poucos.

Outro reforço pedido por Roth é William Magrão, apresentado na tarde de hoje na Toca da Raposa 2. William se consagrou no Grêmio com o treinador cruzeirense em 2008, campanha em que o time gremista foi vice campeão brasileiro.

O ultimo clube de Magrão foi a Ponte Preta, onde ele disputou o ultimo campeonato paulista, em um boa apresentação da macaca, que chegou as semifinais do Paulistão.

São dois jogadores que deverão chegar e, aos poucos, assumir a titularidade do clube. Os atletas tem a confiança do treinador e isto favorece a chegada e inserção dele no time titular.

Mas, o grande momento é Diego Forlan, uruguaio pretendido pelo Atlético e a novela para ter o atacante se arrasta por um bom tempo.

O clube mineiro ofereceu 10 milhões de euros para ter o jogador, dinheiro este conseguido com finanças dos clube e investidores. Mas, é necessário pensar que o elenco precisa dos famosos reforços pontuais que tanto foi discutido, oferecido e que o torcedor cobra com veemência.

Precisa ser levantado quais as verdadeiras carências do elenco, para não chegar a mais um fracasso quando a equipe foi montada com estrelas fora de campo, consagradas, que no final não resultou naquilo que o clube almejou e a torcida esperava.

Vale a pena gastar tanto dinheiro por um jogador apenas, sendo que o time precisa de mais reforços? É a pergunta que fica.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

AMÉRICA DERROTA O CEARÁ E COMEÇA BEM A SERIE B

Na noite desta sexta feira, começou o Campeonato Brasileiro da Serie B e o América começou muito bem. Jogando no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, venceu o Ceará por 2 x 1 e somou os primeiros três pontos na caminhada rumo a volta a primeira divisão.

No primeiro tempo, o América apareceu muito bem, aproveitando os espaços deixados pelo Ceará, que atacava sempre pelas laterais do campo, principalmente pela direita, com Apodi, lateral veloz. Mas, por conta destas investidas, deixava um buraco enorme na defesa.

Com toques rápidos e envolventes, o coelho se mostrava superior ao time cearense e fez o primeiro gol logo cedo, com Rodriguinho em boa trama no ataque.

O América não colocou o pé no freio, continuou atacando o Ceará, pois tinha espaço e mais talento para isso e foi assim que o time americano conseguia ser mais eficiente que a equipe alvinegra de Fortaleza.

E o segundo gol não demorou. Bruno Meneghel, que explorava bastante sua velocidade, aproveitou o descuido da defesa e deu o passe na medida para Fabio Junior dominar e ampliar o placar.

Para quem esperava um sufoco total do Ceará dentro de seus domínios, o América estava conseguindo um resultado brilhante e o time cearense decepcionando e muito seu torcedor, que lotou o PV.

Veio a etapa numero dois e com mudanças. Paulo Cesar Gusmão, treinador do Ceará, mexeu na estrutura tática do time, colocando mais um volante em campo, Tinga, que jogou bem.

Recuou o outro volante, Heleno, para a defesa, fazendo a posição de um falso terceiro zagueiro, para fechar as costas de Apodi e trancar o atacante Bruno Meneghel.

A mudança deu certo. Liberou os laterais para fortalecer o ataque, com chegadas incisivas dos meio campistas.

O gol do Ceará saiu de bela jogada de Apodi com Tinga, este ultimo, fez o cruzamento e Daniel Marques fechou na segunda trave para fazer o primeiro gol cearense.

A partir do gol, o time cearense atacou bastante, teve maior posse de bola, mas o América se armou muito bem na defesa, esperando chances nos contra ataques.

O panorama do segundo tempo foi este até o final de jogo. Com o placar de 2 x 1 para o América Mineiro, premiou o bom primeiro tempo do time americano e o segundo bastante aguerrido para segurar o ímpeto cearense.

O Ceará merecia melhor sorte, poderia ter empatado o jogo, mas faltou qualidade nas finalizações.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

COMEÇA A ERA CELSO ROTH NO CRUZEIRO

Celso Roth na apresentação oficial ao Cruzeiro.

Depois de demitir Vagner Mancini após fracassar no primeiro semestre, o Cruzeiro trouxe Celso Roth para ocupar o lugar de treinador do clube celeste.

Roth não era o primeiro nome da lista, declarado pela diretoria, que corria atrás de Adilson Batista no Atlético-GO. Mesmo perdendo o campeonato goiano, Adilson disse não aos dirigentes celestes e o segundo nome era do técnico gaúcho.

Dos males o menor. Trazer Adilson Batista seria um retrocesso no Cruzeiro, que necessita de mudanças urgentes em seu futebol.

Celso Roth veio colocar um pouco de ordem na casa. Padrão de jogo dentro de campo e colocar o Cruzeiro um time mais disciplinado fora de campo. Mancini ja tinha perdido total controle do elenco celeste e os resultados negativos eram mostravam isso.

Alguns vão discordar, mas para o momento atual do time, foi uma escolha acertada. Nunca vi outro treinador capaz de arrumar um time com rapidez com ele faz. Outros precisariam de tempo e iriam conhecer o elenco com quatro, cinco jogos.

O Roth não, ele coloca para jogar primeiro, acerta os 11 titulares e conhece o grupo com o tempo. Boa escolha.


Desfile de apresentação da camisa do Atlético temporada 2012/13



O Atlético lançou na noite de ontem sua nova linha esportiva para a temporada 2012/13. A apresentação foi no Automóvel Clube, com a presença da imprensa, diretoria atleticana, conselheiros e convidados ilustres.

Uma camisa muito bonita, muito comparada com a histórica camisa de 1999, usada no vice campeonato brasileiro do clube mineiro no mesmo ano.


A unica coisa que recrimino nestes eventos é a falta da razão de ser do clube. O torcedor ficou do lado de fora, sem sequer ter nenhum contato com o evento.

Aos poucos, não só eu, mas como vários torcedores, inclusive o amigo Rafael Lima, do site Cam1sa Do2e, http://camisadoze.net/, que o Atlético vem se distanciando de sua verdadeira marca.

Um time do povo, que tinha alcance nas classes menos favorecidas e com esta característica forte, a identidade da torcida atleticana com os demais torcedores foi ficando forte, porém, nos ultimos tempos, vem ficando enfraquecida.

Distante dos eventos, distante das relações diretas do clube e da vida do Atlético Mineiro em si, o torcedor atleticano fica restrito as arquibancadas dos estádios e ainda sim, com um preço exorbitante, capaz de espantar qualquer um do campo.

O evento foi uma beleza, mas a diretoria vem pisando na bola com a alma e a razão de existir do clube. A torcida.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

MINAS GERAIS SE VESTE DE PRETO E BRANCO

Contrariando as falácias de alguns exagerados torcedores rivais ou de alguns amigos da imprensa, o Atlético não quis nem saber e sagrou-se campeão mineiro sobrando no campeonato mineiro faturando de forma invícta.

O Atlético comandado pelo técnico Cuca ja entrou no torneio com as desconfianças e a revolta de seus torcedores depois do patético ano de 2011 e finalizado por um vexame frente ao Cruzeiro.

O elenco atleticano, comissão técnica e diretoria começou perdendo diante dos demais times, até mesmo os concorrentes diretos, Cruzeiro e América. O Galo teria que vencer, convencer o torcedor recuperando a confiança e fazendo por merecer cada vitória em campo.

Aos poucos, o time alvinegro foi construindo uma bela campanha, vitória atrás de vitória, com bom futebol, mesmo que os adversários não fossem a altura, mas comemorada por todos como um triunfo em cima dos melhores times do mundo. Começa neste momento o desenho de um campeão.

Cuca sabia que não tinha um elenco a altura, que faltavam reforços e peças para completar a equipe, formando um elenco conpetitivo. Mesmo assim, entrou sempre com o que tinha de melhor, ainda que as deficiências fossem explícitas, ele não se abateu e formou um elenco homogêneo. Mais um passo de campeão.

Os jogadores, principalmente aqueles que jogaram em 2011, na correria para evitar o rebaixamento no campeonato brasileiro e os que estiveram na partida contra o Cruzeiro, entraram mordidos com a cabeça para vencer a todo custo qualquer oponente. As vitórias incontestáveis na primeira fase declaravam este passo. Formou-se um elenco campeão.

A diretoria atleticana, que antes tinha a confiança do torcedor, entrou sob fortes atos hostís e de todos os lugares possíveis, seja na televisão, no rádio, nas mídias sociais e até no próprio estádio enquanto o clube jogava. Ainda sim, o trabalho foi sendo feito dispensando quaisquer críticas, com um pouco da tranquilidade que ainda restava e o suporte necessário aos jogadores e comissão técnica. Entrou em cena uma diretoria campeã.

Com estes ingredientes, o Atlético foi batendo um a um seus adversários, só teve quatro empates, contra Cruzeiro, Tupi e América, os adversários que se classificaram para as semifinais.

Mesmo com o futebol em descrédito na reta final, a união foi mantida, o time continuou homogêneo e a superação diante das dificuldades foram mostrando que o campeão ja havia sido declarado.

Na final contra o América, o Galo teve como oponente um rival duríssimo, com um time que não era melhor técnicamente, mas era um elenco brioso, muito capaz e merecedor do caneco, não mais que o Atlético.

O primeiro jogo, empate por 1 x 1, mostrou que a decisão estava em aberto e que o diferencial do time atleticano que foi durante todo o campeonato a grande marca do time, teria que entrar em campo na finalíssima.

O segundo jogo, vitória por 3 x 0, incontestável, sem deixar qualquer dúvida de quem entrou em campo para ser campeão. Um time que atacou e defendeu com um Galo em uma briga, embora pouco acoçado, diante da disparidade que foi o resumo da partida. O Atlético venceu o jogo com sobras.

Atlético campeão mineiro, invícto, depois de 36 anos, repetindo o feito que Reinaldo, Marcelo, Paulo Isidoro, Toninho Cerezo, entre outros, alcançaram. Claro, guardando as devidas proporções e sem comparar a qualidade das formações.

O torcedor atleticano nas ruas foi só festa, colocando ruas, avenidas e praças de Belo Horizonte e todas as Minas Gerais, de duas cores apenas. Preto e Branco.

Parabéns, Galo!

domingo, 13 de maio de 2012

MAIS UMA FINAL QUE PROMETE EMOÇÃO DO INICIO AO FIM

Atlético e América podem fazer um repeteco daquelas decisões antigas, dos primórdios do futebol mineiro ou mesmo, das decisões épicas no Independência quando ainda era o palco dos belorizontinos e Galo e Coelho fazíam o clássico das multidões.

Hoje, anos e anos depois, o retrato é diferente, muita coisa mudou. Do panorama antigo, o que não mudou foi o palco. A Arena Independência vai ser o estádio da grande final que promete muito.

O Atlético passou a semana descansando da longa sequencia de jogos do estadual e da Copa do Brasil. Merecido descanso, Cuca tratou de quebrar a cabeça para acertar o time para o jogo de domingo.

Ele perdeu André, centroavante e artilheiro do time na temporada, pelo terceiro cartão amarelo. Sem opções viáveis para substitui-lo, Cuca faz mistério, mas ja tem o time na cabeça.

O Galo pode sagrar-se campeão mineiro pela 41ª vez. Feito que nenhum time mineiro bateu até hoje. Mesmo em um período de vacas magras no século XXI, o Atlético ainda é superior em minas, mesmo tendo ganhado apenas duas vezes, 2007 e 2010.

Mais do que isso, o Atlético pode melhorar o panorama do primeiro semestre. Eliminado da Copa do Brasil pelo Goiás e com o futebol bastante contestado, o Galo pode dar um alento ao torcedor, mesmo não sendo aquilo que os alvinegros esperavam.

No lado do América, Givanildo também tem problemas para escalar seu time. Perdeu Dudu, volante e seu cão de guarda na defesa e Rodrigo Heffner, lateral direito titular. Giva também faz mistério com relação ao time a ser escalado, mas também acredito que ele tenha o time na cabeça e faz mistério, assim como faz o adversário.

Depois do jogo, muitos disseram que se o América tivesse perdido o jogo na ultima semana por 1 x 0, estaria fora do páreo e que com o empate, o Coelho está de volta a decisão. Doce engano, quase irracional.

O América sempre esteve na decisão, mesmo se tivesse perdido o jogo. É adversário dos mais complicados do Atlético nesta temporada, tem um time suficientemente capaz de bater o Atlético, mesmo com uma adversidade bastante complicada de ser revertida.

Com o empate, o América colocou-se no páreo em que ja estava e tem plenas condições de reverter a vantagem do Atlético.

O Coelho tem 15 títulos estaduais e vai em busca de mais um caneco, para abrilhantar este ano do clube, que este ano faz 100 anos de vida, completados no ultimo dia 30 de abril.

É notável a evolução do América nos ultimos anos, com uma diretoria nova, um modo diferente de administrar dos demais clubes e vem colhendo os frutos a longo prazo.

Pode ser uma das decisões mais emocionantes dos ultimos tempos do nosso futebol mineiro. Valerá a técnica, a tática, mas também a garra, a raça, a determinação e a luta de ambos os guerreiros que estarão na Arena Independência. Que vença o melhor!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

VAGNER MANCINI NÃO É MAIS TREINADOR DO CRUZEIRO

Confirmou-se o que ja era esperado desde a ultima semana. Vagner Mancini não é mais o técnico do Cruzeiro, restava saber se ele sairia pedindo demissão ou o próprio clube que dispensaria o treinador. E após a derrota para o Atlético Paranaense e a eliminação da Copa do Brasil, o técnico preferiu sair pela porta da frente.

Mancini chegou no final de setembro do ano passado para tentar salvar o Cruzeiro da incômoda briga contra o rebaixamento e conseguiu, com muito custo, sacrifício quase desumano e só acabou com o pesadelo na ultima rodada do Brasileirão.

A promessa para o ano seguinte seria de um time mais acertado, com a cara do treinador, os reforços que ele pediu para que o ano fosse diferente. Nada mudou.

O Cruzeiro demorou para engrenar, foi no tranco mesmo, perdendo amistoso para o América em Uberlândia, vencendo o Mamoré, em Poços de Caldas ainda sem convencer. Estreou no Campeonato Mineiro de forma surpreendente, perdendo para o Guarani em Sete Lagoas.

A luz de alerta ficou acesa na cabeça do torcedor, mas aos poucos o time celeste foi engrenando, acumulando uma boa série de vitórias consecutivas no estadual e na Copa do Brasil, até conhecer adversários mais fortes, como Atlético, empate por 2 x 2 e entrar na semifinais do Campeonato Mineiro.

O calvário começou por ai, eliminação vergonhosa para o América com duas derrotas, por 3 x 2 e 2 x 1, sem sequer merecer a classificação em nenhum momento.

A batata de Vagner Mancini começou a queimar, a salvação seria a Copa do Brasil, encarando um time ainda mais qualificado, que deveria ser o teste perfeito para o elenco.

Com outras duas derrotas, 1 x 0 em Curitiba e 2 x 1 em Sete Lagoas, o time cruzeirense saiu do torneio nacional, novamente sem merecer nenhuma passagem para a próxima fase.

A queda de Mancini é só o retrato de um time totalmente desestabilizado e de um treinador que não tinha o elenco nas mãos e ainda faltavam peças para qualificar a equipe. Jogadores estes que não vieram, ele se virou com o que tinha e se deu mal.

O numeros de Vagner Mancini foi um aproveitamento de 52,68%. Foram 31 jogos, com 14 vitórias, sete empates e dez derrotas.

É um bom caráter, inteligente, mas não tinha perfil do time do Cruzeiro.

ATLÉTICO-PR JOGA A ULTIMA PÁ DE CAL NO CRUZEIRO

Para fechar o primeiro semestre horroroso do Cruzeiro, sobrou para o Atlético Paranaense encerrar melancólicamente a primeira metade do ano do time azul. Pela Copa do Brasil, Cruzeiro x Atlético-PR fizeram a partidia decisiva das oitavas de final e deu Furacão, com uma vitória por 2 x 1.

Para começar a história, o clima não era dos melhores dentro de campo entre os jogadores e a comissão técnica estava sobre pressão total. E isto não vem de hoje, ja perdura quase duas semanas que o Cruzeiro está vivendo um dos períodos mais negros dos ultimos tempos.

O Atlético Paranaense entrou em campo com a vantagem da vitória do ultimo jogo por 1 x 0 e tinha a vantagem do empate. Só uma vitória por 2 x 0 ou por três gols de diferença, se o Cruzeiro levasse gol, que daria a classificação para os celestes.

Mas, o Cruzeiro tentou entrar em campo vendendo saúde, mas logo mostrou o que é o time celeste da atualidade. Desestabilizado técnicamente, taticamente e psicologicamente. Não tinha sequer uma força a mais para ser superior ao Atlético.

O Furacão comandado pelo Carrasco, o nome ja diz tudo, entrou em campo bastante ciente do que deveria fazer. Marcar bem, encurtar os espaços e sair nos contra ataques aproveitandos os erros do time cruzeirense.

E foi assim que surgiu o primeiro gol, em um erro de saída de bola, Guerrón recebeu e tocou na saída do Fábio. Atlético 1 x 0 e o mínimo de empolgação cruzeirense foi para o espaço.

O Cruzeiro procurou ganhar na valentia, ja que o futebol apresentado era a abaixo da crítica. Para complicar, Roger, foi expulso de forma infantil. Como que um jogador de 33 anos, sabendo que tem cartão amarelo, vai tentar iludibriar o árbitro? Ele, Roger, tem futebol de sobra, mas assim como o time todo, perdeu o equilíbrio.

O time celeste conseguiu uma penalidade máxima, Wellington Paulista empatou o jogo e levou para o vestiário a esperança de um segundo tempo heróico, ja que a briga do time celeste era não só contra o placar adverso, como contra si mesmo.

No segundo tempo, viu-se um Cruzeiro do mesmo jeito. Futebol escasso, mesmo com a melhora do time com a expulsão do Roger, mas quem estava em campo, mostrava muita apatia e muito desequilíbrio.

O Atlético Parananese jogou a ultima pá de cal no Cruzeiro jogando como manda o figurino. Aproveitando a defesa aberta, Guerrón, o melhor em campo, avançou pela esquerda e cruzou rasteiro para Ligueira fazer o gol da classificação. Atlético 2 x 1.

A partir desse momento, o Atlético se resguardava, jogando com inteligência e o Cruzeiro não mostrava nenhum poder de reação, não exigia defesas do goleiro Rodolfo e foi só esperar pelo apito do juiz.

Final de jogo, os torcedores que foram ao estádio torcer pelo time, foram torcer pela demissão do técnico Vagner Mancini, que é inteligente, mas não soube comandar um time grande como deveria.

Como muitos vivem pregando a tradição do time celeste na Copa do Brasil,  Hoje não estava em jogo a tradição do time no torneio e sim, todo um primeiro semestre, todo um investimento feito pelo clube e isto, nenhuma tradição paga.


segunda-feira, 7 de maio de 2012

MAIS HISTÓRIAS PARA CONTAR DA DECISÃO DO MINEIRO 2012

Depois de dois anos, voltei a um estádio de futebol. Para quem é um maluco e vive este esporte 24 horas por dia, era um período quase desumano. Me senti em casa, como se estivesse voltando de mala e cuia para o meu lar.

Aqueles que torcedores que espremiam para ver o jogo com o mínimo de conforto, hoje deu para perceber que tudo é diferente. Cadeiras por todo lado, dando a impressão de organização no novo Independência.

Ali eu era mais que um torcedor, era um amante do futebol do vivia um momento que era totalmente natural em minha vida. Acompanho futebol desde os 10 anos e jamais deixei de ir ao estádio a partir dos 18 anos.

Sentindo o total fervor das cadeiras, assistia torcedores que reclamando, brigando até perder a voz, não perdoando sequer um erro. Como é simples chingar a mãe do juiz, desse ou daquele jogador.

Um gol perdido eram só lamentações e um gol quase tomado era sinal de alívio indescritível. Cada um torce a sua maneira. Tem os mais excedidos, outros mais racionais e alguns totalmente apaziguados, que contemplam o casamento perfeito.

Até o presidente, que aos olhos do torcedor, estava bem próximo, não deixou de ser "elogiado" pelo seu fiel torcedor. Era só ele dar as caras e pronto, la vai os sinceros e "amaveis" momentos de "carinho".

O gol feito é um alegria só. O estádio treme por baixo de suas pernas, traduzindo a emoção em extase do torcedor.

Mas, o gol sofrido torna aquela alegria em lamentações e reclamações. Ninguém é perdoado e todos saem como inimigos numero um.

Pelo caminho, os torcedores vão embora comentando a partida, dando seus pitacos, alguns mais nervosos e outros munidos de maior serenidade, mas sem deixar o sentimento contrário desaparecer.

É a graça da bola. Torcedor é operário e operador. Manipulado e Manipulador.

AMÉRICA FAZ GOL NO FINAL E IMPEDE VITÓRIA DO GALO

Foi uma decisão com os ingredientes necessários para um grande jogo. América e Atlético fizeram o primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro de 2012, na Arena Independência, para um público abaixo do esperado, apenas 14 mil pessoas, o que não tirou o brilho do espetáculo.

Para os mais velhos ou jovens saudosistas, uma finalíssima entre América e Atlético no Independência relembra quando o estádio do Horto era o grande palco do futebol mineiro, entre 1950 e 1965, até a inauguração do Mineirão,

Todas as finais de Campeonato Mineiro eram no Independência, a época, pertencente ao Sete de Setembro, extinto clube de futebol da capital. América e Atlético ja decidiram campeonatos mineiros no Horto, como em 1958, quando o Galo ganhou por 1 x 0 e levou a taça.

Chegando a 2012, os dois times repetem a dose e fizeram um jogo bastante corrido, movido em sua grande parte pelo entusiasmo, pela motivação, do que pela técnica de seus jogadores. Mesmo assim, chances de gol apareceram, o que fizeram consagrar os goleiros Neneca, do América e Giovanni, do Atlético.

O América vinha com o que tinha de melhor e o time que eliminou o Cruzeiro. Ja o Atlético, despedaçado pelo desastre na Copa do Brasil diante do Goiás, veio remendado por Cuca, que pela primeira vez escalou o time com três zagueiros. Rever, Lima e voltando com Rafael Marques. 

O placar de 0 x 0 do primeiro tempo mostrava que na segunda etapa a partida iria melhorar, ou tería que subir de produção, pois o torcedor esperava mais de seus times.

Dito e feito. No segundo tempo, Atlético e América saíram mais para o ataque, dando emoção maior ao jogo e as chances criadas foram de maior perigo aos arqueiros, que continuaram se sobressaindo, mas não por muito tempo.

Os treinadores mudaram seus times e com acertos. Givanildo colocou Bruno Meneghel para render mais que Alessandro, que não apareceu bem no jogo, parado pelo esquema de três zagueiros do Atlético. Colocou Pará em lugar de Braian, para segurar Carlos Cesar, que entrara com fôlego total, além de Junior Timbó, que pouco apareceu e quando deu as caras, fez tudo errado.

Cuca também mexeu com acerto. Colocou Mancini e tirou Bernard, para dar maior armação ao time. Carlos Cesar, com maior fôlego na vaga do sumido Marcos Rocha e promoveu a volta do tão criticado Dudu Cearense em lugar de Serginho.

Não condeno o Cuca ao colocar em campo o volante Dudu Cearense como muitos fizeram. É um belo jogador, pode acrescentar muito ao time do Atlético. Porém, fora de forma e com a cabeça distante do time era melhor ficar longe mesmo. Se ele se ligou que é um atleta e que joga em um grande clube, é um cara que tem futebol para ser titular da equipe.

As substituições deram certo. Bruno Meneghel entrou mais aceso e arrumou um salcero em cima do sistema defensivo do Galo e no Atlético, Mancini deu outra opção de criação de jogadas, tirando a responsabilidade toda das costas de Guilherme. Carlos Cesar prendeu Pará na defesa e quando exigido, Dudu Cearense apareceu bem.

O Atlético saiu na frente. Após escanteio batido por Mancini, Rafael Marques desviou na primeira trave e André colocou no fundo das redes. Gol justo para o Galo jogava na base da raça e era melhor no momento.

O América se desesperou. Foi para cima, de forma desorganizada e, por consequencia, deu campo para o Atlético que não soube aproveitar as oportunidades.

O gol do Coelho saiu bem no apagar das luzes mesmo e deixou polêmica por dois erros. Após um escanteio bantido por Pará e que foi direto na trave e pela linha de fundo, o bandeirinha Daiberth Pedrosa encontrou um escanteio não sei de onde, sendo que a bola vai direto no primeiro poste e sai.

Veio o segundo escanteio e vem mais um erro. Na confusão pela bola na pequena área, Fabio Junior chuta e no momento do arremate, o atacante Bruno Meneghel, que faz o gol, encontra-se impedido, pois só tinha o volante Serginho dando condições. O goleiro Giovanni não dava condições ao atacante. Um lance que sequer o Cuca reparou.

Final de jogo, América 1 x 1 Atlético. Com sinceridade, não sei de onde alguns companheiros tiraram a idéia de que um vitória do Galo tiraria o Coelho da decisão. É a mesma coisa que dar o time alvinegro como campeão de véspera e não é assim.

Vantagem de dois gols para um time bem arrumado e bem treinado como o América, seria bem possível de ser revertida e não seria nada atípico. Então, o empate só serviu para dar mais emoção a segunda partida, porque mesmo o Atlético ganhando por 1 x 0, o América ainda estaría no páreo.