Depois de dois anos, voltei a um estádio de futebol. Para quem é um maluco e vive este esporte 24 horas por dia, era um período quase desumano. Me senti em casa, como se estivesse voltando de mala e cuia para o meu lar.
Aqueles que torcedores que espremiam para ver o jogo com o mínimo de conforto, hoje deu para perceber que tudo é diferente. Cadeiras por todo lado, dando a impressão de organização no novo Independência.
Ali eu era mais que um torcedor, era um amante do futebol do vivia um momento que era totalmente natural em minha vida. Acompanho futebol desde os 10 anos e jamais deixei de ir ao estádio a partir dos 18 anos.
Sentindo o total fervor das cadeiras, assistia torcedores que reclamando, brigando até perder a voz, não perdoando sequer um erro. Como é simples chingar a mãe do juiz, desse ou daquele jogador.
Um gol perdido eram só lamentações e um gol quase tomado era sinal de alívio indescritível. Cada um torce a sua maneira. Tem os mais excedidos, outros mais racionais e alguns totalmente apaziguados, que contemplam o casamento perfeito.
Até o presidente, que aos olhos do torcedor, estava bem próximo, não deixou de ser "elogiado" pelo seu fiel torcedor. Era só ele dar as caras e pronto, la vai os sinceros e "amaveis" momentos de "carinho".
O gol feito é um alegria só. O estádio treme por baixo de suas pernas, traduzindo a emoção em extase do torcedor.
Mas, o gol sofrido torna aquela alegria em lamentações e reclamações. Ninguém é perdoado e todos saem como inimigos numero um.
Pelo caminho, os torcedores vão embora comentando a partida, dando seus pitacos, alguns mais nervosos e outros munidos de maior serenidade, mas sem deixar o sentimento contrário desaparecer.
É a graça da bola. Torcedor é operário e operador. Manipulado e Manipulador.
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