Depois de 823 dias de espera, ansiedade e também de agonia, Belo Horizonte volta a ver futebol e com um amistoso especial, a vitória do América-MG sobre o Argentino Juniors, da Argentina, por 2 x 1 e a despedida do Euller dos campos.
O Independência passou por uma reforma completa em sua estrutura para receber a Copa do Mundo, dentro do projeto da Secopa. Porém, em 2010, o governo de Minas, em um amadorismo sem tamanho, fechou os dois estádios de BH, o Mineirão e o Independência, ao mesmo tempo.
Ou seja, os belorizontinos ficaram ao Deus dará e o futebol ficou distantes de todos nós, indo padecer financeiramente, para os clubes e os torcedores, que gastavam em média R$40,00 para andar 70 km até Sete Lagoas.
Depois de problemas com licitações e liberação do dinheiro para reforma vindo da Caixa Econômica Federal, com muito atraso, o Independência começou a ser reconstruido.
Da até para contar uma baita história de tudo o que aconteceu com o futebol mineiro neste meio tempo, principalmente, com os prejuizos causados financeiramente pelo erro de adminstração do governo.
Tivemos que esperar muito, confesso que para quem iria no estádio Mineirão ou Independência diversas vezes, meu pequeno, mas significativo bolinho de ingressos amarrados com uma gominha, não me deixa mentir, fui pouquissimas vezes a Arena do Jacaré, devido a distância e o lado financeiro.
Esquecendo o passado negro, hoje o América fez as honras da casa, ao receber o Argentinos Juniors, clube que revelou Maradona em 1976, com 15 anos, até então.
Também foi o dia da despedida de um dos principais jogadores de nossa era contemporânea do futebol mineiro, nascido aqui em Minas Gerais e que brilhou intensamente por onde passou, Euller Elias de Carvalho, ou simplesmente, Euller, o filho do vento, como bem apelidou o ótimo locutor esportivo Milton Naves.
Euller merecia uma data especial como essa. Por tudo o que fez pelo América entre 1988 e 1993 e 2008 a 2011, ele fez jus a este momento de despedida tão especial.
O América também honrou a sua camisa e bateu o time argentino, jogando até melhor, mas ambos visivelmente com a cabeça em outro lugar, o Coelho nas semifinais contra o Cruzeiro e o Argentinos Juniors no torneio clausura do Campeonato Argentino.
Soltamos o grito de Independência, para quem se viu no marasmo que é ficar sem futebol, vamos respirando o alíviados, porém, nossa calma retornará, de fato, quando o Mineirão estiver pronto para todos nós.
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