Hoje, deixo de lado os assuntos diários do nosso futebol mineiro, para deixar aqui uma singela homenagem a um dos maiores e melhores jornalistas do Brasil.
Armando Nogueira nos deixa aos 83 anos, vitimado por um câncer no cérebro, que, infelizmente, o impedira de falar e escrever.
Confesso que sou muito jovem, apenas 22 anos, mal sei do legado deste botafoguense assumido, mas sempre compromissado com o jornalismo claro, direto e sem distinções.
Mas, pelo pouco que sei e acompanhei, Armando fez muito pelo jornalismo, trabalhando na "Revista Manchete", "O Cruzeiro" e "Jornal do Brasil". Por 24 anos, trabalhou na Rede Globo de Televisão, comandando a central de jornalismo, que é um dos mais respeitados centros de informações dentre os veículos de comunicação do Brasil.
Tambem esteve na TV Bandeirantes e integrava a equipe do canal fechado SporTV.
Criou o jornal noturno que, hoje é um dos mais respeitado telejornal do país, o Jornal Nacional. E dentre outros programas como Globo Repórter e Fantástico.
Escrevia com uma sabedoria impressionante, hoje muito pouco visto nos jornais e revistas do nosso país. Curiosamente, estou lendo um livro que ele escreveu, acompanhado por Jô Soares e Roberto Muyleart, " A Copa que ninguém viu e a que não queremos lembrar" e percebo com que clareza e inteligência invejáveis descreve o que foram as Copa do Mundo de 1950 e 1954.
Algumas frases escritas por ele ficaram célebres como:
"Pelé é tão perfeito que se não tivesse nascido gente, teria nascido bola."
"Para Mané Garrincha, o espaço de um pequeno guardanapo era um enorme latifúndio."
Outros grandes craques foram homenageados por Armando em suas colunas inesquecíveis.
Sem dúvida, Armando deixará uma história rica para todos que amam o jornalismo e, para aqueles que, um dia, sonham em ingressar no mundo do jornalismo, muitas coisas para se aprender e aproveitar.
Vida longa ao mestre, que Jesus o acompanhe!
Obrigado, Armando Nogueira.
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