Estão acabando com os centroavantes?

Em tempos em que o futebol vai mudando suas formas, em todos os aspectos, técnico, tático, até nas camisas as equipes estão inovando, uma coisa anda ficando escassa no futebol e isso, aos poucos, tem feito muito sentido. a falta de um centroavante nas equipes.

Ha pouco tempo atrás, não precisamos voltar mais que 20 anos, cada equipe tinha um centroavante fixo, de área, o matador, aquele que resolve o jogo quando o time mais precisa.

Nos anos 90, o Atlético-MG teve Gerson, Renaldo, Reinaldo Rosa, Valdir Bigode e Guilherme.
Cruzeiro: Ronaldo Fenomeno, Marcelo Ramos, Fábio Junior, Alex Alves
Flamengo: Gaúcho, Romário
Corinthians: Viola, Luizão
Vasco: Valdir Bigode, Edmundo, Donizete Pantera

Em outros tempos, onde se existiam pontas fixos no ataque das equipes, eram essenciais centroavantes de área em todos os times, podem-se citar nomes como Reinaldo, Dario, Tostão, Roberto Dinamite, Serginho Chulapa, Nunes, Baltazar, Casagrande, César Lemos, Mirandinha, Roberto César e outros jogadores de área.

E muitos outros grandes nomes passaram por grandes equipes, mas com o passar dos anos e a evolução do futebol pelo mundo, perdemos esse jogador nato e ficamos com atacantes mais posicionados pelas pontas, mas se revesando na posição de centroavante quando o companheiro estiver com a posse de bola

Hoje são poucas as equipes que tem esse jogador dentro do grupo ou então, essa posição de centroavante acabou ficando extinta, tendo estes jogadores com caracteristicas de finalização, ter que se adaptar aos novos posicionamentos de campo das equipes.

Com o término dos pontas e o avanço mais frequentes dos laterais, depois virando alas, os centroavantes quase que sumiram e alguns poucos ainda existem, mas sem o mesmo brilho porque hoje, não espaço para jogadores muito técnicos.

Acabamos perdendo a técnica, para dar prioridade a parte física, que é importante sim, não vamos negar, mas a técnica, as jogadas bem armadas e bem construidas, essas, alguns poucos conseguem executa-las.

Quem sabe um dia, esses centroavantes ou os chamados "homem-gol" possam voltar e fazer a alegria dos torcedores pelo Brasil e pelo mundo.