Ser treinador, principalmente no Brasil, é muito dificil.
Em um futebol que vive apenas de resultados, é praticamente raro ver uma sequencia de trabalho de todos os técnicos no Brasil.
Os clubes, argumentam que o futebol necessita de resultados, os chamados títulos, pois os clubes, hoje reféns do dinheiro da televisão e outras ações como torcida, venda de camisas e produtos licenciados, não sobrevivem apenas com esse valores, principalmente os times de torcidas relativamente pequenas, mas mesmo assim, as cobranças são as mesmas.
Os títulos, conquistas e participações de campeonatos importantes, são tudo o que os times querem e, praticamente, são as condições do tempo em que os treinadores ficam nos clubes.
Por outro lado, os treinadores cobram dos clubes períodos maiores de trabalho, creditando que a montagem dos times e tambem as condições de trabalho, como a contratação dos jogadores pedidos pelos mesmos, parte importante para trabalhos feitos a médio e longo prazo.
Hoje, com o calendário cheio de campeonatos, torneios, os treinadores cobram tempo hábil para mostrar o seu trabalho e sua forma de jogo. mas, nem sempre, o tempo é favorável aos técnicos, que ficam reféns de datas e jogos em curto espaço de tempo.
A torcida, que são os juizes e carrascos do futebol, podem colocar os treinadores no ceu ou leva-los até o inferno.
O torcedor quer sempre vitórias e bons espetáculos que façam valer a pena o ingresso pago, cada vez mais caros, e cobram ferrenhamente por resultados positivos.
Nos jogos, qualquer mudança, uma substituição de algum jogador, que até mesmo os torcedores discordam, o treinador passa a ser pessoa não grata.
Como aconteceu ontem, em Cruzeiro x Deportivo Itália-VEN, Adilson Batista, no comando do Cruzeiro ha três temporadas, tirou Gilberto, jogador querido pela torcida, e colocou Pedro Ken, atleta que ainda não caiu no gosto do torcedor do Cruzeiro, logo, Adilson levou uma vaia gigantesca, em poucos minutos, Pedro Ken marcou o gol da vitória celeste, por 2 x 0 e Adilson passou a ser adorado pelo torcedor, tendo seu nome gritado a plenos pulmões pelo torcedor azul.
Uma briga eterna, treinador, clubes e torcida, ambos não falam a mesma lingua, mas com certeza, tem o mesmo objetivo.
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