terça-feira, 4 de maio de 2010

MARQUES - O REGENTE DE UMA ORQUESTRA


É visto e notório que, no futebol, ja não se fazem mais ídolos como antigamente, muitos deles, ícones de uma geração de craques, ja penduraram a chuteiras e poucos ainda restam para contar história.

Outros vão se criando, levantando as novas gerações, enchendo os estádios com os novos torcedores, mas a lembrança dos velhos idolos sempre ficam no ar, chamando a atenção em qualquer roda de amigos, quando o papo é futebol.

No Atlético, existe um rapaz, que chegou desconhecido ou pelo menos, sem muita confiança da torcida, jovem, 24 anos, mas com muito futebol. Mal sabia a torcida atleticana que este jogador se consagaria com um dos maiores ídolos do Atlético Mineiro em todos os tempos.

Aos poucos, foi ganhando título de craque, líder, mestre da equipe. Mais tarde, consagrado como ídolo, ganhou o apelido de "Messias", pelas boas jogadas, sempre pela esquerda, passes precisos, arrancadas inesqueciveis e respeitar a camisa atleticana como ela merece ser.

Seu nome passou a ser gritado a plenos pulmões, por toda torcida que se fazia presente, não só no Mineirão, mas no Independência, Ipatingão ou em qualquer outro estádio que o Atlético fosse jogar.

Tamanha identificação com a torcida, ele passou a ser um torcedor comum, anônimo, como um outro qualquer da geral ou arquibancada. Como se ele fosse um amigo muito próximo, um vizinho, um parceiro, tamanha cumplicidade entre torcida e jogador.

Veste a camisa como quem veste uma segunda pele, fez o gesto mais ovacionado e aplaudido, até mesmo que o punho cerrado de Reinaldo, o maior craque da história do Galo de Minas, tantas vezes erguido entre os anos 70 e 80, Tirar a própria camisa, hastear na bandeirinha de escanteio, como se fosse uma bandeira e balançar para mais de 60.000 pessoas e tantas outras que o viram pela televisão.

Com seu gol, o gol do título mineiro do Atlético em 2010, liderou a torcida como um maestro, um regente de uma orquestra, que gritaram seu nome em um coro apenas, para o choro mais sincero e comovente que o Mineirão ja viu.


É o encerramento para uma carreira de 17 anos, sendo 10 deles, de serviços prestados, amor a camisa, gols, passes, genialidade e uma idolatria que ultrapassará os anos e será mais uma das histórias ricas e cheia de gloria, dos 102 anos de vida do Clube Atlético Mineiro.

Vida longa ao Marques, o regente, calango, messias, ídolo, craque, gênio, maestro da torcida atleticana.

2 comentários:

  1. mt bom seu artigo! sou Sao Paulo, mas vou torcer para o Atletico no jogo contra o Santos, principalmente depois da provocação com o Luxa! é bom botar os moleques da vila no lugar! como quase fez o Santo André!

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