terça-feira, 13 de setembro de 2011

SERÁ QUE DIMAS E VALDIR AGUENTAM O ROJÃO SOZINHOS?

Não quero colocar em cheque a competencia de Dimas Fonseca e Valdir Barbosa. Muito pelo contrário, estimo o trabalho de ambos os comandantes. Dimas Fonseca não foi efetivado a diretor de futebol do Cruzeiro no ano passado por acaso. Substituir Eduardo Maluf, que por muitos anos, comandou o futebol celeste, colhendo sucesso durante todo este tempo, não é fácil e ele mostrou-se competente com o que faz.

Valdir Barbosa todos nós conhecemos. Quem vive a imprensa sabe da qualidade dele como reporter, da experiência, de tudo o que ele viveu dentro do futebol em sua extensa carreira e do tanto que ele conhece o Cruzeiro e seus macetes como poucos. Mas, será que eles estão aguentando a bomba relógio em que o clube está se transformando?

Zezé Perrela, definitivamente, abandonou o Cruzeiro para viver a política. Ele mesmo disse que conseguiria conciliar as duas atividades, como presidente de clube e senador. Não, ele não conseguiria isso.

Zezé Perrela entregou o Cruzeiro Esporte Clube ao Dimas Fonseca e ao Valdir Barbosa para eles tocarem o barco até o próximo presidente assumir. Acredita-se que seja Gilvan de Pinho Tavares, o candidato da situação.

É um situação inédita para ambos os dirigentes, Dimas e Valdir, que não vivenciaram este problema e não deram de cara com um problema fora de campo, mas que agora terá que tratado dentro de campo também.

O incendio começou a tomar do Cruzeiro a partir do momento em que o time confirmou que não chegaria aonde foi planejado, a vaga na Libertadores.

O fogaréu saiu da diretoria e passou ao campo. Chegou aos jogadores que sentem que o momento não é dos mais favoráveis dentro do clube. Uma responsabilidade que seria totalmente da diretoria, comandada pelo presidente Zezé Perrela, chegou as costas dos jogadores, principalmente, dos mais exigidos, como Gilberto, que neste fim de semana, tratou de tentar apagar o incendio na Toca da Raposa 2 com gasolina.

Querer apontar culpados é uma solução que o torcedor encontrou para encontrar respostas para uma situação que não está acostumado. Haja vista, os ultimos anos do clube, que disputou a Libertadores por quatro temporadas seguidas, em uma delas, conseguindo o vice-campeonato em 2009.

Até o fim do Campeonato Brasileiro, em dezembro, a situação pode piorar, o torcedor celeste jamais irá ficar de braços cruzados, assistindo de camarote, a queda vertiginosa do time dentro de campo. A zona de rebaixamento é um perigo iminente e que tem que ser encarado como uma realidade.

O Cruzeiro está na 14º posição, com 28 pontos, quatro a mais que o primeiro colocado do Z-4, o Bahia. Não da para tampar o sol com peneira, é perda de tempo. Acreditar em dias melhores, o torcedor sempre acredita, antes de mais nada, confiança é o que não falta para alguns, porém, outros não compactuam do mesmo pensamento e exercem cobranças a cada derrota.

Com um campeonato que está marcado pelo desequilíbrio e pela instabilidade das equipes, temos ainda 16 rodadas, muita coisa pode acontecer e não quero dar uma de vidente prevendo o que teremos até dezembro, mas encarar a realidade pode ser o começo de uma reabilitação.

Que Dimas Fonseca e Valdir Barbosa não sejam pendurados na cruz e crucificados, acredito que eles não tenham toda a culpa pelo momento atual. Se é para apontar culpados, prefiro dividir esta bomba entre o presidente e toda a diretoria celeste.

Nenhum comentário:

Postar um comentário