Argentina e Brasil iniciaram mais uma Copa Roca jogando em Córdoba, no estádio Mário Alberto Kempes, levando o nome de um célebre jogador argentino.
Mas, diferente dos belos tempos dos clássicos Brasil e Argentina, ontem não foi bem assim e o futebol ficou bem a quem do que poderia se esperar de ambos os times.
Conforme o contrato firmado pelas duas federações, a CBF e a AFA, a Copa Roca seria nos mesmos moldes das edições anteriores e as seleções só poderiam contar com jogadores que atuam em seus países.
A unica exceção são para jogadores brasileiros que atuam na Argentina e argentinos que jogam no Brasil. Quem sabe, aproveitando esta brecha no contrato firmado, jogadores como Montillo e D'alessandro, que estão jogam o fino da bola no Cruzeiro e no Internacional, respectivamente, poderão ter a tão sonhada chance de vestir a camisa dos hermanos.
Falando do jogo, a Argentina criou mais, atacou mais, porém, as duas principais chances de gol do jogo, foram do Brasil, com duas bolas na trave de Leandro Damião, atacante do Internacional, uma no primeiro tempo e outra no segundo tempo.
Alejandro Sabella, técnico argentino, apostou no entrosamento, iniciando com seis jogadores que atuam no Velez Sarsfield, atual campeão argentino e encerrou a partida com quatro jogadores que atuam no Boca Juniors.
Mano Menezes apostou no entrosamento do meio campo, com dois volantes do Corinthians, Ralf e Paulinho e dois meias, ambos do Flamengo, Ronaldinho Gaucho e Renato Abreu. E encerrou a partida com o time titular, em sua maioria, formado por jogadores campeões do mundo sub-20, como Oscar, do Internacional.
Ronaldinho que está louco para voltar a marcar pela seleção, para mostrar que tem chances de disputar ainda mais uma Copa do Mundo, mas passou em branco.
Para quem não queria mais nada com o jogo, veio o lance de gênio, como ha muito tempo não se via em qualquer campo do mundo. O protagonista foi Leandro Damião, do Internacional.
Na ponta direita, ele domina e da a famosa lambreta no marcador e bate consciente para o gol, uma pena que a bola beijou a trave. Só a jogada, valeu o ingresso. Se a bola entra, o torcedor deveria comprar outro bilhete para entrar, porque foi um lance que lembrou os bons tempos do futebol.
Lembrou o futebol de várzea, dos campos de terra batida que existiam aos montes nas cidades, onde as crianças tinham o primeiro contato com a bola e os mais velhos jogavam aquela pelada.
Uma pena que estes campos de várzea foram desaparecendo com o tempo, foram dando espaço para os famosos apartamentos e casas que foram erguidos com o passar dos anos.
Em si, a partida não agradou a ninguém, fica a espera de que no próximo jogo, no dia 28, no Mangeirão, em Belém, o futebol das duas seleções melhore muito e que lances como este de Leandro Damião, possam ser repetidos.
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