Foi assim que sucedeu as dispensas do volante Zé Luis e do meia Ricardinho, do Atlético Mineiro. Os motivos foram os mesmos que muita gente suspeitava, mas ninguém esclarecia.
Ontem, 04/04, Alexandre Kalil deu uma coletiva na Cidade do Galo para prestar esclarecimentos ao torcedor sobre as dispensas dos jogadores.
Kalil não colocou a corda no pescoço dos atletas, porém, não os apelidou de "anjos de candura". Mas, Kalil deixou bem claro, com outras palavras, que ambos os atletas são desagregadores do grupo. Famosas ovelhas negras.
E ainda disse que não era de hoje que ambos os atletas usavam deste artifício para conseguir algo entre os demais jogadores do elenco. Luxemburgo e Celso Roth também chegaram ao presidente e levou a este o mesmo problema.
Se eles foram o problema, porque continuar com eles? Fica a pergunta.
O time perdeu muito com isso. Talvez não seja o motivo principal para tanta desordem ou, até mesmo, a péssima campanha do Atlético no brasileiro do ano passado.
Mas, manter um problema exposto no clube durante tanto tempo é um pouco de omissão, dos treinadores da época e também da diretoria.
Um virus, uma bactéria dentro de um ser humano quando detectado, se retira e se trata o enfermo. No Atlético deveria ter sido feito o mesmo, mas ha muito tempo. Talvez a história poderia ser outra, mas arrastar dois jogadores no elenco, com um sério problema interno no grupo, poderia ter custado muito caro.
Dorival Junior tem todo apoio da diretoria e colocou a cara a tapa. Denunciou os jogadores e mesmo que perdesse um pouco de qualidade no grupo, preferiu manter a boa ordem visando dias melhores e reforços que sejam comprometidos com o time e o clube.
Zé Luis não é o melhor volante, famoso mordedor, mas era uma peça para compor o elenco na falta de um ou outro desfalque.
Ricardinho dispensa apresentações. Tem um toque de bola excelente, sabe jogar, mas não era combativo na marcação e com seus quase 35 anos, não marcava como Dorival gostaria.
Ha muitos anos, a revista Placar fez uma pesquisa sobre os jogadores mais odiados. Ricardinho foi eleito o mais odiado, mas como Kalil disse que ja sabia desta pesquisa, preferiu acreditar no futebol do jogador do que na personalidade do ser humano.
Podem não ser jogadores baladeiros e que não se cuidam fisicamente, tem creditos por isso, mas envenenar o grupo, causar discordia na equipe, é coisa de gente desonesta.
Se as dispensas farão alguma diferença, se vai mostrar alguma melhora no grupo, só o tempo vai dizer.
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