A reta final dos campeonatos estaduais, como sempre, teve fortes emoções por todos os cantos do país. Nos momentos decisivos, encontramos os mocinhos, os heróis e os vilões em cada decisão.
O futebol trata de levar qualquer jogador, seja conhecido ou aquele que ainda luta por um lugar ao sol, do ceu para o inferno. De ídolo, passa a ter seu futebol contestado por alguns.
O presidente, que era o melhor, passa a ser o pior de todos. O técnico, que era fantástico, passa a ser o pior e sua cabeça começa a ser colocada a prêmio por muitos.
Aqui em Minas, na decisão do Campeonato Mineiro, conhecemos um pouco destas histórias e que ficarão nos livros de história deste que é o esporte mais praticado no mundo.
A começar por quem sofreu bastante com a críticas, deve sua cabeça colocada a prêmio e seu trabalho em cheque. Cuca, técnico do Cruzeiro. Fazia um belo trabalho, montando um time dentro de campo e um elenco forte para a temporada.
Porém, foi uma eliminação precoce da Taça Libertadores da America para o Once Caldas e uma derrota para o Atlético, na primeira partida da final estadual, que seu trabalho foi colocado em dúvida, que sua competência passou a ser duvidosa e alguns chegaram a chama-lo de pé frio.
Uma partida foi o bastante que Cuca pudesse ressurgir. Colocou um time em campo para vencer o rival e reverter a vantagem conquistada pelo Atlético. Resultado: Venceu o Atlético por 2 x 0, conquistou o Campeonato Mineiro e de quebra, calou a boca de muitos que duvidaram de seu trabalho.
Outro que passou por esta aventura, mas fez o caminho inverso é Magno Alves. Artilheiro do Atlético no Campeonato Mineiro com 10 gols e grande esperança do time em marcar gols para levar o Galo a mais um caneco estadual.
Magno Alves, conhecido como Magnifico, Magnata, teve a bola da decisão aos 27 minutos do segundo tempo. Recebeu na frente, ele e o goleiro do Cruzeiro, Fábio. Poderia chutar no canto, tentar alguma jogada de efeito com uma bola por cobertura, artifícios que um centroavante sabe fazer.
Porém, Magno tentou driblar o goleiro, que fez a defesa mais importante da partida. Logo após, o Cruzeiro abriu o marcador e partiu para a caminhada rumo ao título mineiro.
Magno Alves, de ídolo, passou a ser crucificado, ter seu futebol contestado e, por muitos, considerado culpado pela perda do título.
Em São Paulo, mais precisamente no São Paulo Futebol Clube, depois de seguindos fracassos, como eliminação nas semifinais do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil para o Avaí-SC, os torcedores que viveram alguns anos de glorias e títulos, passam a conviver com um momento diferente dos ultimos anos.
Craques quase intocáveis pelo torcedor, com seu futebol elogiado até por outros torcedores e pela crítica em geral, são alvos de críticas violentas dos torcedores saopaulinos.
Alex Silva, um dos melhores zagueiros em atividade no Brasil, passou a sofrer críticas com uma carta na manga dos torcedores, a vida extra-campo e que gera polêmica ha muitos anos e com outros grandes jogadores.
Lucas, considerado fenômeno e um garoto que promete muito, elogiado até a pouco tempo, pelo brilhante Campeonato Paulista realizado, sofre críticas pesadas quanto a seu futebol.
O que deve ser salientado é que Lucas, assim como Casemiro, outro bom jogador do São Paulo, também alvo de duras críticas, é que ambos são jovens, sem grande experiência. E se eles não tiverem amadurecimento suficiente para assimilar todo este momento, podem refletir nas atuações de ambos os jogadores dentro de campo em próximos jogos.
Em Porto Alegre, o goleiro Renan, do Internacional, outro jovem jogador da nova safra do futebol brasileiro, teve seu futebol bastante contestado na final do Campeonato Gaúcho, cometendo falhas infantis no primeiro e no segundo jogo da decisão.
Mas, Renan, pegou um elevador do inferno para o ceu. Falhou incrivelmente no segundo gol gremista, o que custou ao Internacional o título gaúcho no tempo normal.
Porém, ele foi ao ceu quando pegou três penalidades máximas na disputa de pênaltis e deu ao Inter mais um Campeonato Gaucho.
E nem precisamos falar de Ronaldinho Gaucho no Flamengo, comandando o tão falado "Bonde Sem freio", que até agora só conquistou Campeonato Carioca e camisa 10 tendo seu futebol criticado por muitos torcedores do time da Gávea.
O torcedor não perdoa, quer sempre ver o time ganhando e o grande juiz da história. É quem decide quem são os culpados e os inocentes.
É a magia do futebol que permite todas estas aventuras e transforma este esporte cada vez mais atrativo para seus amantes. Embora, alguns queiram acabar com ele nos bastidores da cartolagem. Mas, isto é história para outra coluna.
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