Jogando longe de Minas Gerais, cumprindo acordo com empresários, o América recebeu o Internacional de Porto Alegre pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.
O favoritismo do colorado gaúcho se fez presente e usando da fragilidade americana, com a qualidade técnica de seus jogadores mais ofensivos, o Inter venceu por 4 x 2.
O começo americano não poderia ser melhor, indo para cima do Internacional, deixando-o acuado em seu setor defensivo, porém, quando o Internacional achou seu primeiro gol, com Oscar, foi um balde de água gelada nas intenções mineiras.
Com isso, o América passou a errar muito, não se entendia em campo e o abatimento era nítido em seus jogadores. O Internacional ampliou o marcador com D'alessandro e fez o terceiro gol também com Oscar. Foram três gols em pouco menos de 10 minutos.
O América se perdia na superioridade técnica do Internacional, buscava de alguma maneira uma reação que estava muito longe de suas mãos.
No segundo tempo, o América voltou com o mesmo ímpeto da primeira etapa, atacando mais e o Internacional, com o placar mais do que favorável, ficava em seu setor defensivo para marcar os ataques americanos.
O América achou seu primeiro gol com Rodriguinho, como um prêmio pela valentia do coelho em tentar buscar a reação no peito e na raça.
Mas, as pretensões americanas caíram por terra quando o bom meia-atacante Zé Roberto, fez uma jogada fantástica aproveitando a defesa escancarada da equipe americana, puxou o contra ataque e serviu para Cavenaghi marcar o quarto gol colorado. A situação do América que era ruim com o 3 x 0, ficava pior com o placar de 4 x 1.
Mauro Fernandes colocava o América cada vez mais ofensivo, tentando explorar as deficiências do Internacional pelo lado esquerdo, que jogava com um jovem zagueiro improvisado como lateral esquerdo. Foi tão insistente as investidas americanas por aquele lado, que as jogadas armadas pelo América eram manjadas pelo time colorado.
O América ainda achou o segundo gol através de Alessandro, quase ganhando a condição de talismã americano. Ja anotou dois gols no campeonato e sempre entrando no segundo tempo.
O placar final faz jus ao que foi o jogo. Muitos ataques do América, um domínio mentiroso, apenas com maior posse de bola, mas sem transformar sua superioridade em gols.
Do outro lado, o Internacional, que tinha jogadores mais qualificados e um poderío de fogo maior, se aproveitou dos erros americanos somado ao talento de seus atletas, principalmente os meias Oscar e D'alessandro.
O técnico do América, Mauro Fernandes, precisa rever seus conceitos ao escalar a equipe americana. Será que vale a pena escalar um time com três volantes e dois centroavantes, tendo como resultado poucas criação de jogadas no meio campo do América?
Um meia campo de criação apenas não será capaz de munciar dois centroavantes. Com dois volantes e dois meias de ligação, as jogadas poderiam ser armadas de maneira que os atacantes teriam melhores chances de finalizar a gol, sem ter que voltar até o meio campo para buscar a bola.
O América sofre mais uma derrota e embora o campeonato ainda esteja no início, é bom ligar o sinal de alerta desde ja.
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